terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

LANÇAMENTO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE NA ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA DA CONQUISTA LANÇAMENTO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE NA ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA DA CONQUISTA



Na manhã deste domingo (26), em uma celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Metropolitano Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, foi lançada oficialmente a Campanha da Fraternidade 2012 na Catedral Metropolitana de Vitória da Conquista  com grande participação de leigos, seminaristas, padres, diáconos e religiosos (as) do Vicariato São  Lucas. A Pastoral da Saúde destacou-se com grande número de agentes que demonstraram grande entusiamo com o inicio desta campanha.
 
 Em sua homilia Dom Luís convocou todos os arquidiocesanos a viver em bem o tempo quaresmal intensificando a oração, o jejum e a esmola , bem como,  a assumirem especialmente a Campanha da Fraternidade nas diversas atividades das paróquias, pastorais e serviços. Chamou a atenção de todos para a defesa e fiscalização do SUS, ressaltando que a Saúde é dever do Estado e direito de todos os cidadãos. 
Estavam presentes na celebração diversos profissionais da area de saúde e algumas autoridades do poder legislativo e executivo municipal.
Ao final da Celebração Dom Luís entregou o texto base da CF à sub-secretaria Estadual de Saúde,             Drª Suzana Ribeiro, recordando a responsabilidade de todos os gestores e profissionais de saúde na defesa e pleno funcionamento do SUS.

http://www.pascomarquiconquista.blogspot.com/

Seminário de Estudo da CF 2012





Neste último final de semana, (dias 24 e 25/02) a Arquidiocese de Vitória da Conquista realizou o seminário de estudo da CF/2012 tendo como assessor o Dr.Adré Luís Oliveira, representante da CNBB no Conselho Nacional de Saúde. O encontro iniciou-se com a acolhida e saudação do Arcebispo Metropolitano Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu ao assessor da CNBB e a todos os representantes das paróquias, movimentos, pastorais e serviços da arquidiocese. Em sua saudação Dom Luís convocou todos os arquidiocesanos a assumirem com disposição e emepenho as realização da Campanha da Fraternidade 2012. Além de destacar a importãncia da Pastoral da Saúde, Dom Luís manifestou o seu desejo de que ao final desta CF todas as paróquias da arquidiocese tenham implanto a pastoral da Saúde.
Participaram do seminário vários padres, diáconos permanentes, religiosos(as) e seminaristas, médicos e servidores da saúde, além dos mais de 140 agentes das diversas pastorais, movimentos, organismos e serviços da arquidiocese.
 O Seminário contou com a participação de alguns vereadores e da Sub-secretária Estadual de Saúde, Drª Suzana Ribeiro, da secretária Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, Drª Márcia Viviane, do Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Pe.Ediberto Amorim e do Dr. Luís Almeida, representante do Fórum de Entidades e diretor do Sindmed. Ao final do seminário várias propostas de ação e desenvolvimento da Campanha foram assumidas pelos participantes.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CORREIO MFC BRASIL Nº281


Neste ano a memória do Concílio Vaticano II se faz presente de maneira especial. Já se passaram 50 anos de sua abertura, em 11 de outubro de 1962. É uma data que vale a pena ser celebrada.
Fraternidade e Concílio

Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira
Adital
Mas não é preciso esperar outubro para descobrir nos anais da história os vestígios deste vasto acontecimento. Com a chegada da quaresma, nos deparamos com uma iniciativa que é herdeira legítima da fecundidade histórica do Concílio.
Trata-se da Campanha da Fraternidade. Ela leva a marca registrada do Concílio. Não se entenderia a consolidação desta campanha, sem relacioná-la com o contexto conciliar que criou o ambiente, onde ela pôde nascer e se desenvolver, até criar as raízes sólidas que cada ano reproduzem novos rebentos de sua vitalidade.
De fato, basta conferir as datas, para perceber a íntima relação da Campanha da Fraternidade com o desenrolar do Concílio. Ela foi realizada a primeira vez em 1962, justo no ano da primeira sessão conciliar. Foi lançada por três dioceses, sob a liderança da Arquidiocese de Natal, no Rio Grande do Norte. No ano seguinte, já eram dezesseis dioceses que a assumiam em conjunto. Para em 1964 ser assumida por toda a CNBB.
Atrás destas datas, percebemos o cenário maior do processo conciliar em plena ebulição. Cada ano, os bispos passavam mais de dois meses em Roma, participando dos trabalhos conciliares. Os brasileiros estavam hospedados na "Domus Mariae”, a casa da Ação Católica Italiana. O ambiente era propício para a convivência fraterna e para o diálogo em torno das questões eclesiais suscitadas pelo Concílio.
Compreende-se então que uma iniciativa como esta, em sintonia com as propostas conciliares, fosse olhada com simpatia, e logo assumida pelos bispos, sequiosos de colocar em prática as orientações pastorais decorrentes do Concílio.
De fato, desde o seu inicio a Campanha da Fraternidade tentou inserir os valores que o Concílio ia explicitando. Daria para elencar diversos. O primeiro destes valores era a nova consciência de pertença eclesial, despertada pela visão de Igreja como Povo de Deus. Não é por acaso que o lema da primeira Campanha em nível nacional, em 1964, era exatamente este: "Lembre-se: você também é Igreja”.
Outro valor que emergia com força dos debates conciliares era a missão dos bispos e a importância de sua comunhão episcopal, como co-responsáveis pela Igreja. Pois bem, a Campanha se apresentava como um ótimo instrumento para assumir na prática esta comunhão, dando força à ação de cada bispo em sua respectiva diocese.
Não menos insistente era a urgência da Igreja se inserir na realidade, levando sua presença de serviço fraterno e de estímulo para a participação dos leigos na vida social e política. A Campanha assumia esta preocupação, escolhendo temas de interesse da sociedade, e estimulando a reflexão e a participação organizada.
Em todo o caso, neste ano em que nos propusemos "revisitar o Concílio”, por ocasião do jubileu de 50 anos de sua abertura, encontramos na Campanha da Fraternidade um dos seus frutos mais consistentes e maduros. Se queremos encontrar vestígios da caminhada positiva despertada na Igreja pelo Concílio, temos na Campanha da Fraternidade um exemplo eloquente e altamente meritório.
Além do seu tema, desta vez a própria Campanha da Fraternidade, por sua trajetória histórica, nos interpela e nos desafia a retomar o clima de intensa participação eclesial, que o Concílio despertou com generosidade, mas que precisa ser retomado e sustentado.
A Campanha da Fraternidade continua nos lembrando que "todos somos Igreja”, com direito a participar de sua vida, e com o dever de assumir sua missão.
Cristologia: a Eucaristia
Por eucaristia, segundo o Dicionário Aurélio, entende-se “um dos sete sacramentos da Igreja Católica, no qual Jesus Cristo se acha presente sob as aparências de pão e de vinho, com seu corpo, alma e divindade”. Por celebração eucarística entende-se, hoje, a celebração da missa segundo ritos preestabelecidos, presidida por um ministro ordenado com credenciais para isso. Mas esses dois conceitos nem sempre foram tão restritos assim.

Eucaristia nem sempre foi missa ou sacramento.


João Schmitt*
Além da vigília pascal e observância dos sábados, que continuavam praticando à moda e ritos judaicos, os primeiros cristãos introduziram diversas outras reuniões. Por obediência ao preceito de Jesus “Fazei isso em minha memória” promoviam especialmente uma reunião com ceia comunitária, denominada então de eucaristia, quando colocavam em destaque os ensinamentos do Senhor, com orações de ação de graças (eu-xáris) sobre o vinho e o pão. De início, muito informalmente, em idioma local, sem cerimônia específica e ritos determinados, com espaço até para abusos. Paulo condena o procedimento da comunidade de Corinto de promover separadamente a ceia dos ricos e a dos pobres (1Cor 11,17-26).
A presidência da reunião ficava por conta de um líder natural, pessoa geralmente mais idosa (presbítero) escolhida pelo próprio grupo, sem exclusão de mulheres que lideravam determinadas comunidades. Por meados do século III, para facilitar o encaminhamento da ceia eucarística nas comunidades menos letradas, alguns epíscopos sentiram a utilidade de estabelecer determinadas leituras, normas e ritos para a ocasião, variando de uma região para outra, sem entender que a padronização fosse por exigência divina.
A certeza na presença do Senhor se baseava na promessa de que ele estaria realmente presente onde duas ou mais pessoas (não necessariamente cristãs) estivessem reunidas em seu nome, em qualquer lugar que fosse, sem necessidade de sacerdotes, templos e altares. De início não se tinha, como hoje, a noção de transubstanciação do pão e do vinho no corpo e sangue de Jesus, desenvolvida no final do primeiro e início do segundo milênio.
Serviço e poder
Com a oficialização do cristianismo como religião oficial do império romano, as atividades primitivas de bispos, presbíteros, diáconos e outros deixavam de ser mero serviço às comunidades para se constituir em exercício de poder de uma classe hierárquica. Os templos e altares pagãos se transformaram em igrejas cristãs, os presbíteros e bispos passaram a sacerdotes ministeriais. As primitivas reuniões eucarísticas de confraternização e ação de graças se transformaram em cerimônia sacrifical presididas privativamente pelo clero, com exclusão definitiva dos leigos.
Não se tem informação exata de quando a eucaristia dos primeiros cristãos passou a se chamar missa. O certo é que onde não havia sacerdote deixou de existir eucaristia e ali a vida cristã entrou também em declínio. Para sanar essa deficiência estrutural, igreja e dioceses investem, há séculos, no estímulo e formação de padres celibatários. Não se dão conta de que a solução não está aí, nem tampouco na admissão ou readmissão dos casados ou na polêmica ordenação de mulheres que, em último caso só encobririam a mal disfarçada sobrevivência e interesse de uma classe clerical ampliada.
Depois de séculos de hegemonia clerical, a solução parece estar, antes, no estímulo à formação de pequenos grupos liderados e administrados por leigos atuantes. Certos da presença do Senhor entre eles, esses grupos precisam ter liberdade para refletir sobre a mensagem evangélica, orando juntos e celebrando a eucaristia em família ou grupo de amigos, de modo espontâneo e diversificado, como faziam as comunidades primitivas.
Pessoas capazes e dispostas para essa missão existem, hoje, mais do que no tempo dos apóstolos. Mas é preciso acreditar nelas e encorajá-las a agir com criatividade, responsabilidade e destemor. Para não invadir os templos, domínio privativo do clero com liturgias sempre engessadas, importa que os encontros eucarísticos de hoje não queiram imitar ou simular missa. Ser criativo, inovar procedimentos sem a mesmice de cerimônias, orações e ritos litúrgicos repetitivos. Dividir experiências com outros. Avaliar e divulgar resultados. Lembrar, sobretudo que a recomendação de Jesus “Fazei isso em minha memória” não se dirige só aos apóstolos, mas para todos os presentes, incluindo amigos, sua mãe e outras mulheres.
Restringir, hoje, o mandato de Jesus apenas ao clero no interior dos templos é impedir que o movimento de Cristo se desenvolva no mundo.
*Diretor da Editora Ser e editor de Linha de Frente
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Documentos do Concílio Vaticano II

Da Constituição Pastoral Gaudium et SpesSobre a Igreja no Mundo Atual
A promoção do bem-comum (GS 26)
26. A interdependência, cada vez mais estreita e progressivamente estendida a todo o mundo, faz com que o bem comum - ou seja, o conjunto das condições da vida social que permitem, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e fàcilmente a própria perfeição - se torne hoje cada vez mais universal e que, por esse motivo, implique direitos e deveres que dizem respeito a todo o género humano. Cada grupo deve ter em conta as necessidades e legítimas aspirações dos outros grupos e mesmo o bem comum de toda a família humana (5).
Simultâneamente, aumenta a consciência da eminente dignidade da pessoa humana, por ser superior a todas as coisas e os seus direitos e deveres serem universais e invioláveisÉ necessário, portanto, tornar acessíveis ao homem todas as coisas de que necessita para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, casa, direito de escolher livremente o estado de vida e de constituir família, direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à conveniente informação, direito de agir segundo as normas da própria consciência, direito à protecção da sua vida e à justa liberdade mesmo em matéria religiosa.
A ordem social e o seu progresso devem, pois, reverter sempre em bem das pessoas, já que a ordem das coisas deve estar subordinada à ordem das pessoas e não ao contrário; foi o próprio Senhor quem o insinuou ao dizer que o sábado fora feito para o homem, não o homem para o sábado (6). Essa ordem, fundada na verdade, construída sobre a justiça e vivificada pelo amor, deve ser cada vez mais desenvolvida e, na liberdade, deve encontrar um equilíbrio cada vez mais humano (7). Para o conseguir, será necessária a renovação da mentalidade e a introdução de amplas reformas sociais.
O Espírito de Deus, que dirige o curso dos tempos e renova a face da terra com admirável providência, está presente a esta evolução. E o fermento evangélico despertou e desperta no coração humano uma irreprimível exigência de dignidade.
Comentário: o texto ressalta a missão política do cristão. O cristão está convocado a ser profeta: denunciar todas as causas de desumanização e anunciar o Reino de Deus, reino de amor-caridade e justiça social, “aqui na terra como no céu”. Só pelo caminho político serão alcançadas essas metas agora inadiáveis, com vistas à plena humanização de todos os homens e mulheres ainda submetidos a situações indignas de vida.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Nota de Falecimento


É com muita tristeza que comunicamos o falecimento de Dª ZILDA FERREIRA DE SOUZA,  mãe do nosso querido irmão mefecista Ribeiro (Panificadora Sandiego).
 
Que Deus conforte a família neste momento de dor.

MFC-GRUPO CONVERSÃO

Liturgia Diária Comentada 26/02/2012


Primeira Leitura: Livro do Gênesis 9,8-15
Aliança de Deus com Noé, salvo das águas do dilúvio
Disse Deus a Noé e a seus filhos: "Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca. Estabeleço convosco a minha aliança: nunca mais nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra".

E Deus disse: "Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra. Quando eu reunir as nuvens sobre a terra, aparecerá meu arco nas nuvens. Então eu me lembrarei de minha aliança convosco e com todas as espécies de seres vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura". - Palavra do Senhor.

Salmo: 24(25),4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R. cf. 10)
Verdade e amor, são os caminhos do Senhor
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, / e fazei-me conhecer a vossa estrada! /Vossa verdade me / oriente e me conduza, / porque sois o Deus da minha salvação.

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura / e a vossa compaixão que são eternas!De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia / e sois bondade sem limites, ó Senhor!

O Senhor é piedade e retidão, / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele dirige os humildes na justiça, / e aos pobres ele ensina o seu caminho.

Segunda Leitura: 1ª Carta de São Pedro 3,18-22
O Batismo agora vos salva.
Caríssimos: Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.

No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, a saber, aos que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas - oito - foram salvas por meio da água.

À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo. Ele subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a ele anjos, dominações e potestades. - Palavra do Senhor.

Evangelho segundo Marcos 1,12-15
Foi tentado por Satanás, e os anjos o serviam.
Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam.

Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: "O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!" - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): Em Marcos, esta narrativa da tentação parece ser o prenúncio simbólico o ministério de Jesus, prestes a se iniciar: a agressão sucessiva dos líderes religiosos que se colocam como seus adversários é a provação de satanás e o convívio com as feras; e o conforto da fraternidade dos discípulos, iniciados no seu aprendizado, é o serviço dos anjos.

Mateus e Lucas apresentam a tentação por satanás em três etapas. Transformar pedras em pães, adorar o tentador e apossar-se do mundo, e atirar-se do alto do Templo desafiando a Deus. São as características de um messias que tem soluções enganosas para as aspirações populares, que se apossa do poder e que ostenta uma condição divina. Tal messianismo é descartado por Jesus. O Espírito recebido no batismo conduz Jesus, o qual vence as tentações.

As tentações foram associadas à narrativa do batismo de Jesus como pedagogia catequética: os neobatizados devem estar preparados e fortalecidos para enfrentar as tentações após terem recebido seu batismo.

As duas primeiras leituras de hoje são alusivas ao batismo: "Nesta arca [de Noé], umas poucas pessoas... foram salvas, por meio da água. À água corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação". Pode-se ver que, em sua leitura alegórica do dilúvio, o autor da Primeira Carta de Pedro se ateve ao segundo momento do dilúvio, quando Noé e os seus sobrevivem, após a destruição total pelas águas.

O tempo litúrgico da quaresma, que se inicia hoje, tem uma característica de tempo forte de conversão. Resistir às tentações que se apresentam agradáveis aos sentidos, ao conforto, à segurança, à vaidade, estimulando o sucesso pessoal no usufruto do poder, levando à indiferença pelo próximo humilde e sofredor. É tempo de voltar-se amorosamente para o nosso próximo, particularmente aquele excluído e empobrecido, na partilha e na comunhão de vida.

LITURGIA COMPLEMENTAR

1º Domingo da Quaresma - 1ª Semana do Saltério
Prefácio da Quaresma - Ofício dominical quaresmal
Cor: Roxo - Ano Litúrgico “B” – São Marcos

Antífona: Salmo 90,15-16 Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias.

Oração do Dia: Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

INTENÇÕES PARA O MÊS DE FEVEREIRO

Geral: Acesso a água - Para que todos os povos tenham acesso à água e ao que for preciso para o seu sustento diário.

Missionária: Agentes de saúde - Para que o Senhor ampare os esforços dos trabalhadores da saúde no seu serviço aos enfermos e idosos, sobretudo nas regiões mais empobrecidas.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas (09/03/2011) até a missa da Ceia do Senhor, exclusive (21/04/2011). É o tempo para preparar a celebração da Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais freqüência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” (SC 109).
·         Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
·         A cor do tempo é roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
·         Em todas as Missas e Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
·         Nas solenidades e festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deum e o Glória.
·         As memórias obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
·         Na celebração do Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial; mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa. (Fonte: Diretório da Liturgia 2011 da CNBB)

Adaptação: Ricardo e Marta / Comunidade São Paulo Apóstolo
Fonte: CNBB – Missal Cotidiano

EUCARISTIA, REMÉDIO CONTRA O NOSSO EGOÍSMO E VAIDADE


A ligação entre o episódio do lava-pés e a Eucaristia está no fato de que, nesta, o Senhor se "perde" completamente. Jesus já havia posto de lado Sua divindade, vindo a nós e fazendo-se homem como nós. Feito homem humilhou-se ainda mais e enfrentou a mais infame das mortes.

Na Eucaristia é como se Ele descesse mais ainda, e "se eclipsasse" totalmente: ali não se mostra Sua divindade, nem mesmo Sua humanidade. Ele se perde totalmente e assume a posição de alimento. Na forma e na aparência de pão e vinho, Ele "se eclipsa" totalmente e se faz escravo a nosso serviço.

Tudo isso para aprendermos a nos despir de nós mesmos, a nos libertar de todo egoísmo, vaidade e presunção. Para nos humilharmos e lavar os pés dos nossos irmãos, assumindo assim nossa posição de escravos de Jesus.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SEREIS UMA SÓ CARNE - Parte 5 - Artigos do Prof. Felipe Aquino



AMAR É UMA DECISÃO

O sábio recebeu a visita de um homem que dizia já não amar a sua esposa, e que pensava em separar-se.

O sábio ouviu... Olhou-o nos olhos, disse apenas uma palavra, e calou-se:

- Ame-a!

- Mas eu já disse: Não sinto nada por ela!

- Ame-a, disse novamente o sábio.

E percebendo o desconforto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio explicou:

- Amar é uma decisão, não um sentimento;

Amar é dedicação e entrega.

Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.

O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.

Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame o seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê-lhe afeto e ternura, admire-o e compreende-o. Isso é tudo. Ame!

A inteligência sem amor, faz-te perverso.
A injustiça sem amor, faz-te implacável.
A diplomacia sem amor, faz-te hipócrita.
O êxito sem amor, faz-te arrogante.
A riqueza sem amor, faz-te avaro.
A docilidade sem amor, faz-te servil.
A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso.
A beleza sem amor, faz-te ridículo.
A autoridade sem amor, faz-te tirano.
O trabalho sem amor, faz-te escravo.
A simplicidade sem amor, deprecia-te
A oração sem amor, faz-te introvertido.
A lei sem amor, escraviza-te
A política sem amor, deixa-te egoísta.
A fé sem amor, deixa te fanático.
A cruz sem amor converte-se em tortura.
A vida sem amor... não tem sentido.

Ame! Foi por amor a você que Deus entregou seu Filho na Cruz, quer amor maior?

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.

Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:

Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto.

Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.

Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

- Meus filhos, foram 55 bons anos... Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem ideia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.

Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: - Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos para a cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros... Filhos, agora ela se foi e estou contente, E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim...

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa. Este foi um bom dia.

E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia eu entendi o que é o verdadeiro amor.

Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas. Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.

O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

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